A quinta e última temporada da série Stranger Things já está entre nós, cercada de expectativas de uma legião de fãs ao redor do mundo.
Mais do que uma aventura sci-fi, regada de nostalgia dos anos 80 e monstros do "Mundo Invertido", a trama também cativa pela forma como aborda temas universais como amizade, lealdade e, sim, até mesmo o LUTO.
E é exatamente aqui que a série nos dá um gancho valioso para uma reflexão importante: O luto não precisa ser uma COISA ESTRANHA.
Em nossa sociedade, o luto é frequentemente visto como o “elefante na sala”, um tabu. Onde o enlutado precisas obrigatoriamente viver e sentir-se isolado, como se estivesse vivendo em uma dimensão paralela.
A dor da perda, a tristeza profunda, a raiva inesperada ou até mesmo a culpa podem parecer sentimentos "estranhos" e incompreensíveis, transformando o luto em um verdadeiro "inimigo" que precisamos combater sozinhos.
Preferimos guardar essa visita indesejada em nossos porões emocionais, longe dos olhos e ouvidos alheios. Mas essa atitude de esconder e silenciar a dor não a faz desaparecer.
Apenas a torna mais densa, mais confusa e, ironicamente, ainda mais "estranha".
Encontrando o caminho no "Mundo Invertido" da perda
Assim como os personagens de Hawkins precisam se unir para enfrentar as ameaças do Mundo Invertido, nós também precisamos de apoio para navegar pelo luto.
Dustin, por exemplo, um dos personagens mais carismáticos da série, entra na quinta temporada com o impacto da perda de um amigo tão irreverente como Eddie.
A raiva, a culpa e a dificuldade de expressar esses sentimentos podem fazer com que ele seja um estranho incompreendido aos olhos dos amigos.
Essa é uma face do luto que, embora ficcional, ecoa profundamente na realidade de muitos.
Lembre-se: a jornada da perda é única para cada um, mas a necessidade de suporte é universal.
Nosso propósito aqui é desmistificar o luto, mostrando que ele é um processo natural e humano, e não uma "coisa estranha" a ser evitada.
Não se trata de apagar a memória, mas de transformar a maneira como você se relaciona com a dor.
Quando a perda nos atinge, somos lançados em um "Mundo Invertido" particular. O que era familiar se torna diferente, as rotinas mudam e as emoções se misturam em um turbilhão.
Arthur Golden, em "Memórias de uma Gueixa", expressa bem essa sensação: "O luto é a coisa mais peculiar; somos tão indefesos diante dele. É como uma janela que simplesmente se abre por conta própria; a sala esfria, e não podemos fazer nada a não ser tremer."
Essa "peculiaridade" – ou estranheza – faz parte da jornada. Não é um defeito, mas uma característica.
O luto vira uma "visita indesejada" que se instala sem pedir licença. Muitos tentam trancá-lo em um porão, em seu próprio "Mundo Invertido", na esperança de que ele vá embora.
Mas essa tentativa de esconder a dor, de tratá-la apenas como um vilão, apenas intensifica a sensação de isolamento.
Apoio é a chave para a luz
Ao invés de enfrentar o luto como um "inimigo estranho", por que não encará-lo como uma parte da vida que pode ser atravessada com dignidade e apoio?.
Não deixe que a dor te isole em seu próprio "mundo invertido". Contar com uma rede de apoio é fundamental para atravessar esse portal do luto.
Permita-se viver a perda de forma mais leve e acolhida. A OSAB está aqui para ser sua luz em meio às sombras, ajudando você a encontrar a força para seguir em frente.
Converse conosco e descubra como podemos auxiliar sua família nesse momento delicado.
